quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Conhecimento (TPC Q5)

Primeiro as definições.

Knowledge (Oxford English Dictionary)

(i) facts, informations and skills acquired by a person through experience or education; the theoretical or pratical understanding of a subject;

(ii) what is known in a particular field or in total; facts and information;

(iii) awareness or familiarity gained by experience of a fact or situation.

Segundo Platão (http://en.wikipedia.org/wiki/Knowledge#Defining_knowledge)

For there to be knowledge at least three criteria must be fulfilled; that in order to count as knowledge, a statement must be justified, true and believed.

Segundo Dienes, Zoltan & Perner, Josef. (1999) (http://www.bbsonline.org/documents/a/00/00/04/57/bbs00000457-00/bbs.dienes.html)

Knowledge is taken to be an attitude towards a proposition that is true. The proposition itself predicates a property to some entity. Number of ways in which knowledge can be implicit or explicit emerge (…).

Perspectiva Externalista vs. Internalista

Resumidamente, a corrente externalista considera que a dimensão psicológica do individuo que adquire Conhecimento não impacta o entendimento de um facto relevante. Na perspectiva internalista, a construção de Conhecimento está intimamente ligada à psicologia de cada um.


Segundo M. Davis – Knowledge (Explicit and Implicit): Philosophical Aspects
(http://philrsss.anu.edu.au/~mdavies/papers/implicit.pdf)

The distinction between explicit and implict knowledge might seem to be connected closely to the familiar distinction (Ryle 1949) between knowledge of a proposition (‘knowing that’) and possession of a skill (‘knowing how’).

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Na base da definição de Conhecimento parece estar a condição de Verdade associada ao objecto alvo de aprendizagem, na perspectiva do correcto entendimento das relações entre dados, factos ou proposições.

Na base da posse de Conhecimento está o Homem, enquanto ser pensante. O acto de pensar possibilita por si a aquisição de mais Conhecimento, mesmo sem qualquer adição de nova informação. O computador recebe os dados, armazena-os, processa-os e devolve-nos um output. Podemos modelar as relações entre os dados, mas é o entendimento do sujeito que lhe dá significado.

Acredito nisto.

Acredito que o Conhecimento passa muito por estarmos atentos aos factos. Atentos a sério, para nos lembrarmos de factos passados. Para conseguirmos estabelecer relações. Para limpar o acessório e reter o essencial. Para detectar padrões, prever comportamentos, ganhar experiência sobre uma situação, reconsolidar o Conhecimento – e conhecer novos factos, estabelecer relações com o que já Conhecíamos previamente, detectar padrões, prever comportamentos, errar sobre essas previsões… e aí vem uma nova experiência, mais factos, novas relações são estabelecidas, novo Conhecimento é gerado e ficamos mais sábios e mais conscientes de tudo o que ainda temos para Conhecer - e assim é durante toda a nossa vida, num ciclo que se repete iterativamente.

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Retomando o meu EU Profissional – eu sei quantos clientes do sexo Feminino e do sexo Masculino possuem um determinado cartão privativo. Basta-me “perguntar” à base de dados. É um exemplo simples de Conhecimento Explicito, o Knowing That.

Mas mais relevante do que conhecer esse facto, é saber como é que o facto de o titular do cartão ser homem ou mulher determina o seu comportamento de compra. Este é um exemplo de Conhecimento Implícito, o Knowing How. E é aqui que entra a dimensão psicológica do analista de dados, pois todo o processo de análise é um processo de decisão. Começa-se por fazer perguntas factuais à base de dados – quantos homens e quantas mulheres, quanto compram, o que compram – e começamos a estabelecer relações, a tirar as primeiras conclusões, a explorar novas relações com base no Conhecimento que se vai extraindo das respostas a perguntas directas.

É sobretudo um processo mental, logo, psicológico. Garanto-vos que não há dois analistas/estaticistas que conduzam uma mesma análise da mesma forma. Essencialmente porque são duas pessoas diferentes, com conhecimentos à partida sobre o negócio diferentes, com níveis de intuição diferentes sobre o problema que têm em mãos. Sim, porque apesar de este processo parecer rígido (as técnicas existem, os algoritmos existem, o método existe), a intuição é essencial quando se analisam dados. Nós conhecemos as tabelas, as técnicas e a pergunta que precisa de ser respondida. Mais nada. E a partir daí temos de gerar conhecimento do cliente. Lançamos os primeiros dados – fazemos estatísticas descritivas – e o caminho começa a surgir imediatamente, há muita experimentação, os padrões começam a ser revelados, a convicção de que encontrámos o caminho que nos conduz à resposta começa a instalar-se. E uma boa intuição conduz a uma boa análise, ou seja, a boas tomadas de decisão. Pelo menos no meu caso pessoal, aplica-se …

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